Os ciclistas de Ilhéus se organizaram para colocar as questões referentes à mobilidade urbana, segurança no trânsito e ciclismo na pauta de discussões da campanha para prefeito de 2020.
Isso ocorreu a partir da formação do Coletivo Ciclomobilidade Urbana, formado pela união de lideranças de alguns dos vários grupos de ciclistas existentes em nossa cidade, que resolveram dar voz às necessidades de quem usa a bicicleta, seja como meio de transporte, para o lazer, como esporte, para trabalhar ou de diversas outras formas.
Atentos às discussões surgidas a partir das ciclovias e ciclofaixas implantadas na cidade em vias importantes como a Av. ACM e a nova ponte Jorge Amado, o Coletivo de ciclista buscou, nestes últimos dez dias, todos os candidatos, sem deixar nenhum fora do diálogo, para defender as vias de tráfego para bicicletas já implantadas e lutar pela ampliação e interligação das já existentes, a ser feita na administração de quem for eleito para governar Ilhéus nos próximos quatro anos.
A pauta, de forma resumida, faz com que o prefeito eleito observe, a partir da Carta de Compromisso assinada por cada um deles, a aplicação das diretrizes contidas na Lei nº 12.587/2012, que estabelece a Política Nacional de Mobilidade Urbana, priorizando os deslocamentos a pé, em bicicletas e o transporte coletivo, ao invés do foco prioritário no uso de automóveis particulares, que é o modelo atualmente adotado pela maioria dos países desenvolvidos.
Outros pontos da pauta dizem respeito à ampliação das ciclovias, ao incentivo do uso da bicicleta e das iniciativas que visam ao desenvolvimento do ciclismo como esporte, lazer, meio de transporte, meio de promoção e manutenção da saúde e, por fim, à existência de um canal de diálogo direto e permanente com a Administração Pública Municipal.
O coletivo esclarece que embora o Termo de Compromisso tenha sido assinado com vistas, sobretudo, à atuação do futuro prefeito, espera que as diretrizes ali contidas sirvam para nortear a ação de todos no futuro, já que os candidatos são pessoas públicas, que ocupam funções e têm projeção que ultrapassam o momento das eleições, de forma a se incorporar à agenda de trabalho de cada um em sua vida política futura.